Desde que assisti Toy Story pela primeira vez me encantei pelos
filmes de animação 3d. Achava incrível a ideia de pessoas
utilizando o computador para construírem personagens tão cheios de
vidas e mundos tão ricos para contar histórias tão marcantes e
originais. De repente eu cresci e continuo vendo nos filmes de
animação 3d uma enorme “massinha de modelar criativa” que
marcou a história do cinema.
Zootopia como muitos filmes de animação 3d é resultado de várias
mentes criativas trabalhando num grande projeto de uma grande
empresa, no caso a Disney. Para construir um filme 3d são usadas
diferentes técnicas e muito tempo é necessário antes de se
produzir o primeiro quadro. Profissionais de diversas áreas como
desenhistas, programadores, engenheiros atuam coletivamente em
pequenas partes do projeto para torná-lo no longa-metragem que
assistimos em uma hora e meia. Existe uma engrenagem que motiva tanto
trabalho e seu nome é dinheiro, grandes empresas precisam de lucro e
não é diferente com a Disney ou a minha querida Pixar que é da
Disney, mas dentro deste universo capitalista de negócios em que os
filmes 3d ou 2d habitam existe uma pequena parcela de artistas que
além do dinheiro trabalham horas e mais horas por algum motivo e
para transmitir uma mensagem para as pessoas. Zootopia transmite uma
mensagem e isso é bom.
O maior trunfo do filme, na minha opinião, é a criatividade na
construção dos personagens , pois nem todos os personagens são
estereotipados e sua aparência física às vezes escondem sua reais
habilidades e sentimentos. O filme passa uma grande mensagem de
superação e respeito as adversidades apresentando temas como o
Bullying e preconceito de forma brilhante. Cada espécie tem
determinadas habilidades, porém Zootopia faz questão de demonstrar
que “as aparências enganam.”
As piadas são construídas em situações hilárias. Já pensou um
bicho preguiça como atendente de um departamento público? Eu nunca,
mas os criadores de Zootopia sim e o resultado é a cena mais
engraçada do filme, aliás todas as cenas da preguiça são muito
engraçadas (só de lembrar eu começo a rir). Parabéns para rapaz
ou a moça que teve a brilhante ideia de criar esse personagem.
Os protagonistas ou antagonistas são o raposo (malandro) e a
coelhinha fofinha (ou nem tanto) Nick Wilde e Judy Hopps
respectivamente. Percebeu que os personagens tem nome e sobrenome? Eu
creio que foi um recurso utilizado para humanizar mais ainda os
animais. No universo do filme os animais são humanos e a troca
funcionou muito bem, mérito para a equipe criativa da Disney.
Recomento a todos que gostam de animação e que querem se divertir
com as crianças, namorada, com a avó, etc. Esqueça isso: “Animação
é coisa de criança”, porque animação é pra quem quiser. A
animação tem grandes lições até para os adultos e algumas delas
são sobre não desistir, sobre romper as limitações sociais,
biológicas e correr atrás dos sonhos.
Acho que a Disney está no caminho certo para seus filmes de animação
e que a Pixar contribuiu muito para isso. Resta agora achar sua
originalidade assim como a Pixar tenta buscar em cada filme e mais do
que isso acho que os filmes precisam passar grandes mensagem e não somente apurar milhões em bilheterias e vender brinquedos.
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