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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

"Crítica" do filme "WALL-E"



Era uma vez um robô enferrujado compactador de lixo que vivia em uma terra pós-apocalíptica cheia de lixo e poeira e que tinha uma barata como seu bicho de estimação. Essa é uma breve descrição do filme da Pixar que é maravilhoso por sinal.

Wall-E conta a estória de um robozinho solitário que vive no desabitado planeta azul, mas justiça seja feita, na companhia de uma baratinha muito fofinha como companheira e bichinho de estimação. Viu a foto? É uma barata não é? Pois é. É por isso que eu amo a Pixar pelo fato da empresa não ter medo de arriscar e sempre surpreender desmistificando os estereótipos que perseguem as obras de ficção. Isso se chama amor pelo que faz, ou seja, dedicação; Se você tem isso, então, pode tocar o coração das pessoas não importa o que as aparências possam apontar.



A barata mais fofinha do cinema.


A obra transmite várias lições para as crianças e para os adultos ou velhos que assistem não vou dizer quais são, pois se não tiver assistido deixarei você descobrir sozinho. É uma característica da Pixar fazer filmes que encantam tanto crianças quanto adultos (Up e Toy story e os demais que o digam) e com Wall-E não é diferente. O filme tem uma beleza poética acima da média em cenas que homenageiam o próprio cinema e também devo lembrar-lhe das belíssimas cenas de amor; existem várias uma cena em especial ou sequência de cenas que me chamaram atenção pela sensibilidade é uma cena que exemplifica o amor (doar-se para o outro) sem falar daquela no espaço.                       

Eu falei de amor e tudo mais, porém se você não conhece o filme deve estar se perguntando: “Uai, mas que amor, amor a que, a quem.” Nem preciso dizer que você deve assistir ao filme. Pois bem meu/minha jovem leitor (a) eu ainda não citei a “robozinha” “EEEEEEEEEEEVAAAAAAAAAA” (você entenderá) que é uma bela e tecnológica robô que acaba encontrando o sensível “Waaaaaaaaaaalleeeeee” e como a trama se desenrolará só vendo para emocionar-se.
                              
                                                                  

                                         Wall-E e EVA.


Ahhh, tenho que dizer uma coisa: “robôs não falam”. “Sim e daí?” Você diz. “Filme não tem que ter diálogos?” Eu digo. “E o filme não tem diálogo?” Você diz. Sim o filme tem diálogos, mas só quando os humanos aparecem. Eu arrisco afirmar que mesmo que todo o filme fosse apresentado sem mostrar a figura humana ainda seria maravilhoso e não seria cansativo. Wall-E não fala, sente. Às vezes não precisamos falar para demonstrar uma emoção e assim é a obra da Pixar.

Devo concluir este texto ordinário dando os parabéns para Pixar, Andrew Stanton e a todos que fazem a Pixar continuar brilhando. Quando eu crescer quero ser como vocês. 






Wall-E
EUA , 2008 
Animação
Direção: Andrew Stanton
Roteiro: Andrew Stanton
Elenco: Ben Burtt, Fred Willard, Jeff Garlin, Paul Eiding, Kim Kopf, Garrett Palmer



"Crítica" do filme "El Laberinto Del Fauno" - "O Labirinto do Fauno" (Título brasileiro)






Labirinto do Fauno é um clássico filme, dirigido e inscrito por Guilhermo Del Toro que conta a estória de uma menina Ofélia que vive perdida em seus pensamentos (me identifico, apenas com a parte dos pensamentos) que é criada por sua mãe Carmen que está grávida do Capitão Vidal.
Esse filme é a obra de fantasia mais real que eu já vi, não pela falta de fantasia, porém pelo peso que a realidade exerce na trama que foi magistralmente elaborada por Del Toro alcançando um equilíbrio perfeito entre o real e o “irreal”. Particularmente sou muito mais fã da fantasia do que da realidade.
Ofélia é a reencarnação da princesa que fugiu do reino subterrâneo, porque queria conhecer o mundo dos humanos (lembra a noiva cadáver não?), porém ao sair a trama se desenvolve (pretendo não contar mais sobre sua lenda, pois ela é muito bem explicada logo nos minutos iniciais do filme).

                    Ofélia (Ophelia) - O labirinto do fauno.

O plano de fundo real do filme passa-se após a guerra civil espanhola num cenário que as forças militares da época tentam combater os “rebeldes” e vice-versa. O filme deixa bem claro que os resistentes são os mocinhos da história, mas cá entre nós mocinhos não matam não importa o propósito (Isso é só opinião pessoal). É bom ter para quem torcer no filme e realmente os revoltosos exercem bem o papel de justiceiros.   
A atmosfera do filme é adequada para uma fantasia, pois toda a trama alterna entre a casa do capitão e as tomadas na floresta com seus cenários criativos. Puxando para a caracterização dos personagens devo elogiar as criaturas que são simplesmente magníficas “Pale man” é uma criatura assustadoramente bela e o Fauno igualmente incrível, não é a toa que o Labirinto do Fauno foi premiado com o Oscar de melhor maquiagem.


                  Fauno e Ofélia - O labirinto do Fauno.

Devo destacar a atuação de Sergi López como o capitão Vidal é impressionante como sua figura é bem desempenhada como carrasco “sem” sentimentos. Não sou psicólogo, mas ousaria o chamar de psicopata. É um vilão memorável. 

             Capitão Vidal - Ele é tão ruim que é bom - O labirinto do Fauno. 

Ivana Baquero tem atuação convincente e um rosto plausível com o comportamento avoado da Ofélia. A história é tão envolvente que não precisa centralizar-se somente na figura da princesa reencarnada, que rege a fantasia do filme. O filme como o todo é interessante, cada trama desperta a curiosidade do telespectador.
O filme pode vir a desagradar os mais sensíveis em poucos aspectos e um deles é a violência brutal em poucas cenas, acredito que Guilhermo ao gravar cenas mais brutais queria dizer: “Veja esta é a realidade, violenta e sem piedade.” Devo reafirmar que funcionou muito bem.
Diria que o Labirinto do Fauno é um dos melhores filmes que assisti é inspirador, criativo, memorável e fantástico. Se você ainda não assistiu, pare o que está fazendo e trate de conhecer essa magnífica obra de ficção. 



El Laberinto del Fauno
México/Espanha/EUA , 2006 - 112
Drama / Fantasia
Direção: Guillermo del Toro
Roteiro: Guillermo del Toro
Elenco: Ivana Baquero, Doug Jones, Sergi López, Ariadna Gil, Maribel Verdú, Álex Angulo, Roger Casamajor, César Vea, Federico Luppi, Manolo Solo