Era uma vez um robô enferrujado compactador de lixo que vivia
em uma terra pós-apocalíptica cheia de lixo e poeira e que tinha uma barata
como seu bicho de estimação. Essa é uma breve descrição do filme da Pixar que é
maravilhoso por sinal.
Wall-E conta a estória de um robozinho solitário que vive no
desabitado planeta azul, mas justiça seja feita, na companhia de uma baratinha
muito fofinha como companheira e bichinho de estimação. Viu a foto? É uma
barata não é? Pois é. É por isso que eu amo a Pixar pelo fato da empresa não
ter medo de arriscar e sempre surpreender desmistificando os estereótipos que
perseguem as obras de ficção. Isso se chama amor pelo que faz, ou seja, dedicação;
Se você tem isso, então, pode tocar o coração das pessoas não importa o que as
aparências possam apontar.
A barata mais fofinha do cinema.
A obra transmite várias lições para as crianças e para os
adultos ou velhos que assistem não vou dizer quais são, pois se não tiver assistido
deixarei você descobrir sozinho. É uma característica da Pixar fazer filmes que
encantam tanto crianças quanto adultos (Up e Toy story e os demais que o digam)
e com Wall-E não é diferente. O filme tem uma beleza poética acima da média em
cenas que homenageiam o próprio cinema e também devo lembrar-lhe das belíssimas
cenas de amor; existem várias uma cena em especial ou sequência de cenas que me chamaram
atenção pela sensibilidade é uma cena que exemplifica o amor (doar-se para o
outro) sem falar daquela no espaço.
Eu falei de amor e tudo mais, porém se você não conhece o
filme deve estar se perguntando: “Uai, mas que amor, amor a que, a quem.” Nem
preciso dizer que você deve assistir ao filme. Pois bem meu/minha jovem leitor
(a) eu ainda não citei a “robozinha” “EEEEEEEEEEEVAAAAAAAAAA” (você entenderá)
que é uma bela e tecnológica robô que acaba encontrando o sensível “Waaaaaaaaaaalleeeeee”
e como a trama se desenrolará só vendo para emocionar-se.
Wall-E e EVA.
Ahhh, tenho que dizer uma coisa: “robôs não falam”. “Sim e
daí?” Você diz. “Filme não tem que ter diálogos?” Eu digo. “E o filme não tem
diálogo?” Você diz. Sim o filme tem diálogos, mas só quando os humanos
aparecem. Eu arrisco afirmar que mesmo que todo o filme fosse apresentado sem
mostrar a figura humana ainda seria maravilhoso e não seria cansativo. Wall-E
não fala, sente. Às vezes não precisamos falar para demonstrar uma emoção e
assim é a obra da Pixar.
Devo concluir este texto ordinário dando os parabéns para
Pixar, Andrew Stanton e a todos que fazem a Pixar continuar brilhando. Quando
eu crescer quero ser como vocês.
Wall-E
EUA , 2008
Animação
Direção: Andrew Stanton
Roteiro: Andrew Stanton
Elenco: Ben Burtt, Fred Willard, Jeff Garlin, Paul Eiding, Kim Kopf, Garrett Palmer