Não há palavras para expressar o
quanto este filme é maravilhoso. Não limite-se a estes escritos sobre mais uma
obra de arte de Hayao Miyazaki, assista e conheça um dos melhores filmes da
minha vida.
Kaze Tachinu
(Vidas ao vento) é um filme japonês escrito e dirigido pelo mestre supremo das
animações já existentes no universo que conta de forma fantasiosa uma parte da
vida de Jiro Horikoshi, um engenheiro aeronáutico que projetou o famoso caça Mitsubishi A6M Zero, muito famoso durante a
Segunda Guerra Mundial pela sua qualidade e superioridade em relação aos demais
modelos da época.
Apenas para esclarecer este não é um
filme de guerra e nem promove a guerra. Tanto que o principal sentimento que vidas ao vento faz apologia é ao amor. Existem diálogos e cenas contra a guerra bem
claras, pois todos (com bom senso) sabem (isto inclui Hayao) que toda guerra
que existiu (ou existirá) é (ou será) o maior retrocesso que a humanidade pode
apresentar, sendo assim críticas sobre a abordagem da guerra pelo filme, em
minha opinião, são falhas.
A obra tem uma sensibilidade poética
sobre as passagens da vida e principalmente sobre os sonhos que são os que nos tornam
vivos. O amor, como já citei, é um sentimento fortíssimo no filme, aliás, todo
o filme é um sentimento fortíssimo sobre os sonhos, o amor, a vida.
As cenas nos céus são deslumbrantes e
igualmente são as transições de cenas entre o sonho e a realidade de Jiro. Sonho
que o segue desde criança, o sonho de projetar aviões e fazê-los voar nos céus como
os pássaros que passeiam nas nuvens com sua graciosidade e beleza em seu
desenho natural inigualável feito pelo criador (Deus). É isso que os grandes
projetores fazem: copiar a natureza (ou num sonho impossível superá-la)
estudando os projetos do maior criador de todos; Mesmo que alguns reconheçam o
acaso ou o nada como seu criador.
A perfeita trilha sonora embeleza
ainda mais a ficção e a imersão no filme ocorre de forma natural e espontânea;
Num minuto você sorrir com as cenas magníficas no céu, num outro você chora, em
outro você sorrir e chora e por fim você chora ou sorrir de saudade.
Vidas ao vento (que nome maravilhoso
em português) não é um filme feito somente para crianças e muito menos para adultos que não
saibam sentir. Vidas ao vento é como a brisa do mar: chega refrescando a alma
e some de repente deixando para sempre a sensação da brisa no coração. A
vantagem do filme em relação à brisa é que nós podemos sempre que a saudade
apertar colocar o filme mais uma vez para reproduzir e sentir a brisa
novamente.
Tudo indica que dois mil e treze foi ano do último filme do senhor Hayao Miyazaki. O que posso lhe escrever mesmo sabendo que ele nunca lerá é o seguinte:
“Obrigado por abrir meu coração
através dos seus filmes, obrigado por me fazer chorar com desenhos coloridos,
obrigado por me fazer acreditar nas pessoas, obrigado por me fazer ser melhor e
obrigado por me fazer acreditar nos meus sonhos impossíveis. Que Deus reconheça
seu trabalho de encantamento e lhe dê alegria assim como você deu a muitas
crianças e adultos.”