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sábado, 17 de janeiro de 2015

"Crítica" do filme "Inception" - "A Origem" (Título brasileiro)




O filme de ficção autoexplicativo científica de Christofer Nolan mexe com os sonhos, com a mente, ou melhor, com a parte da mente incontrolável: o subconsciente. Sendo propositalmente redundante (eu): o subconsciente é a parte que não podemos acessar conscientemente (como o nome sugere inclusive). Quando sonhamos, digamos que nossas ações são estranhíssimas e incompatíveis com a razão. Agora imagine que em um universo hipotético você possa entrar nos sonhos alheios ou pesadelos e ainda através deles fazer alterações no comportamento; Acha isso improvável? Não ache é exatamente o que os criadores de ficção tentam plantar em você uma ideia ou no caso história que se bem contada pode parecer real, não é mesmo? 


 Escada de Penrose - Uma ideia utilizada por Nolan para explicar a desconexão com a realidade do sonho. Uma escada infinita e paradoxal em que você sempre sobe ou desce. Vou tentar construir uma dessa no meu sonho.
  
 Dom Cobb (Leonardo DiCaprio) é o protagonista que vive de entrar na mente das pessoas e roubar ideias valiosas (pense bem, se realmente existisse essa tecnologia de inserção ela seria uma arma perigosa), ele é uma espécie de ladrão especializado na mente humana. Acredite, sempre deve ter alguém interessado nesse tipo de serviço. Dom tem habilidades, mas ao melhor estilo Tio Bem (“Com grandes poderes vem grandes responsabilidades”) ele também enfrenta alguns problemas não resolvidos que podem colocar sua missão a perder. Assim temos o maior conflito do filme: a luta contra si mesmo. Sabe quando você acorda de um sono pesado e não sabe se é dia ou noite? Essa talvez seja a forma que Cobb enxerga o mundo; não percebe o que é o dia ou à noite.



 Dom Cobb e Arthur (Joseph Gordon-Levvitt) - Em cena do filme "A origem."


Destaco as cenas de ação do filme muito bem montadas com explosões de carros e com cenários de verdade que giram (não é a toa que o orçamento chega aos 160 milhões), todavia não se engane, pois a computação gráfica também é muito bem empregada observe a quantidade de partículas na cena em que Cobb e Ariadne (Ellen Page) conversam em seu sonho e as demais demonstrações dos efeitos cinematográficos de Hollywood. O filme “A origem” foi premiado com o Oscar, BAFTA de melhores efeitos especiais ou visuais além de vencedor em algumas outras categorias em diversos prêmios.  


 Estrutura giratória e posteriormente cenário giratório para gravação de cena.
 

A principal crítica fica por conta dos diálogos autoexplicativos recorrentes. Sabendo disso você me diz: “Mas não é necessário que se explique os conceitos do filme para facilitar o entendimento do telespectador?” Talvez seja, mas eu escrevi a palavra “recorrente” sendo assim muito dos diálogos explicativos poderiam ser cortados ou indiretamente apresentados no filme, pois as cenas são mais do que claras para a compreensão do telespectador e mesmo que não tenhamos entendido algo do filme sempre temos a opção de recorrer à internet, amigos, livros para entender mais um pouco sobre o que não se sabe. Lembre-se que o verdadeiro sábio é aquele que não sabe e procura aprender.

Mesmo com esse detalhe o filme tem uma estória convincente que faz com que o telespectador acredite na ideia do filme, se empolgue com as cenas de ação, se emocione com os conflitos de Dom Cobb e fique feliz por ter assistido uma ótima ficção científica. Vale à pena assistir. Ahh, o final é memorável. 

Inception
EUA / Reino Unido , 2010 - 148 minutos
Ficção científica / Suspense
Direção: Christopher Nolan
Roteiro: Christopher Nolan
Elenco: Leonardo DiCaprio, Ellen Page, Joseph Gordon-Levitt, Marion Cotillard, Ken Watanabe, Tom Hardy, Cillian Murphy, Tom Berenger, Dileep Rao, Michael Caine, Lukas Haas, Pete Postlethwaite