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sábado, 21 de outubro de 2017

Vaqueiro

Prólogo: Não é de hoje que eu escrevo coisas absurdas. Sempre tive essa mania de extravasar coisas sem lógica da minha mente. Coisas que em alguns momentos me envergonham, porém noutros me tornam único, demonstram em mim um desejo de ser original mesmo que sem muito talento ou qualquer reconhecimento. Digamos que eu tenha uma certa genialidade boba que me faz perder tempo em atividades sem qualquer retorno, porém diferente de muitos eu sei assumir minhas próprias esquisitices e deste modo sou sincero comigo mesmo e aprendo a lidar com minhas frustrações. No fim das contas a gente deve se amar e esquecer um pouco as pessoas que tentam te dar rasteiras. É como diz um certo poeta de Quintana categoria: "...Eles passarão, eu passarinho..."   



Enigmático Vaqueiro

Nobre violeiro que vê no por do sol uma breve sombra do seu refratário ego
Se dissipando numa melodia a qualquer
Um que possa imaginar um sonho perfeito andando sem um calo a beira de cinzas
Satisfazendo-se com castelos de amor

Ei me diz o que é que eu faço pra ser um vaqueiro tão feliz
Ai, sonhei com um mundo cercado de solidão, oh Way
Ah, amar é como desenhar um rabisco sem lógica e pedir
Para um sujeito qualquer interpretar 

Velejando num mar de angústias sem saber pra onde ir ou onde chorar
Num ombro derramado de uma lágrima que se arrependeu de nascer
Mesmo cansado de tudo que não possa ver ou sentir sempre arrasado de ideias enfadonhas
Que provém de quem não tem a quem amar 

Na solidão de um castelo mora um rei que viu um mundo inteiro eclodir
Tamanha ingenuidade achou que tudo estava são (Mas não)
Recolheu as trouxas do seu velho eu e falou pra sua mãe:
"Estou indo pra casa, apronte o meu café."
"Estou indo pra casa, aponte a minha fé."