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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Star Wars VIII: The Last Jedi


Será R2D2 o Jedi que dá nome ao novo filme de Star Wars? Isso eu não sei, mas fiz esta singela arte para brincar com isso. Haha!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

O homem com pele de elefante




Criativo Filme

Era uma vez um homem descontente com sua rotina seu nome era...eu não me lembro. Todo dia ele acordava as 6:00 am, tomava café as 6:30 am, e saia para o trabalho as 7:00 am, ele trabalhava num departamento qualquer verificando diferentes tipos de documentos e observando se existia alguma informação equívoca. Vivia mais tempo sentado do que em pé, pescoço baixo, ombros baixos e coluna curvada.
Certo dia acordou mais descontente com sua vida do que o usual, sua coluna estava doendo e sua cabeça girando como se tivesse sido espancado por um trem, ou melhor, atropelado. Acordou às 6:01 am, tomou café às 6:32 e saiu para trabalhar às 7:01 am, chegou no trabalho às 7:31 am, algo incomum visto que sempre está presente antes de 7:30 am. Sua colega perguntou-lhe:
- Você está se sentindo bem? - Ele prontamente respondeu:
- Sim é que acordei com dor de cabeça e coluna.
- Eu tenho remédio se quiser é só pedir. – Disse-lhe sorrindo.
E assim terminou mais um dia na vida comum desse homem comum. Quando ele chegou em casa, percebeu que a dor de cabeça havia triplicado e a dor na coluna quadruplicado, olhou-se no espelho e a imagem que refletia mais parecia um zumbi do que um homem de trinta anos independente. Eis que num momento de clareza uma onda de energia cruzou seus neurônios e veio a sua mente algo tão óbvio que só um homem profundamente metódico não poderia ter notado: Ele estava se sentindo solitário. Destruído, foi dormir.
6:00, 6:30, 7:00 am. O homem já estava se sentindo bem melhor e estava disposto a mudar de atitude, para isso chegou mais cedo no trabalho (7:20) e começou a conversar com as pessoas que geralmente ignorava.
- Bom dia seu Zé...como tem passado? – Falou para o porteiro do prédio.
- Bom dia. – Respondeu o porteiro sem dar muita atenção a pergunta.
Talvez ele simplesmente não tenha ouvido, pensou o solitário homem. Prosseguiu em sua odisseia para esquecer a solidão que estava enfrentando. Chegou em sua mesa e mal podia esperar para que sua colega de trabalho chegasse também. Ela chegou, colocou sua bolsa ao lado do seu computador, deu bom dia e digitou alguma coisa no computador. O rapaz não sabia exatamente como começar uma conversa, pois apesar de ter a mesma colega durante três anos ele não sabia quase nada sobre os interesses da moça. Desajeitado puxou assunto:
- Você chegou cedo.
- Olha quem fala. – Responde dando um risinho.
-... E então, conseguiu despachar os documentos que ficaram faltando? – Ele falou num tom não muito interessado apesar de tentar manter-se interessado.
- Consegui.
Após alguns momentos de silêncio o homem sabiamente deduziu que não sabia se comunicar direito com outro ser humano, sendo assim, resolveu ficar calado e permanecer na solidão. Naquele dia ele parecia mais distraído algo muito raro de acontecer, pois foi campeão estadual de xadrez com apenas 10 anos de idade e todos os anos de trabalho nunca havia levado uma reclamação de seu chefe. Mas algo havia roubado a sua atenção, algo lindo e brilhante, era o olhar reluzente de Gabriela que tinha uma placa em sua mesa com seu nome escrito: “Gabriela Lisyndorf” Em todos aqueles anos o protagonista nunca percebeu que as cores dos olhos de Gabriela eram verdes e não azuis como acreditava ser desde o primeiro dia que a viu. Ele já tinha um assunto:
- Então...são olhos são verdes né?
Ela parou o que estava fazendo e fez uma expressão confusa como se aquela voz não viesse do seu colega desatento de trabalho, isso mesmo! Desatento, pois dependendo do ponto de vista o personagem principal é desatento ao mundo externo. O homem era tão concentrado que só reparava no seu trabalho e ignorava o mundo e as pessoas ao seu redor e Gabriela o viam como desatento, porque não era difícil lhe falarem algo e ele simplesmente ignorar. Teve até uma vez que ela falou do seu noivo e como estava apaixonada, qual vestido escolheu a cobertura do bolo e tudo o mais. Caso tivesse prestado atenção ele não passaria a vergonha a seguir:
- Sim, claro que são. – Disse ela um tanto surpresa por achar que a resposta era óbvia demais.
- É que geralmente eu sou muito atento e percebi que seus olhos na verdade tem um tom diferente de verde que de uma determinada perspectiva pode ser confundido com azul.
Ela negou mentalmente e achou aquela conversa totalmente sem propósito, mas como foi educada muito bem pelos seus pais resolveu continuar a conversa mesmo que tivesse vários documentos para verificar:
- Talvez você seja daltônico. – Deu um sorriso forçado.
Ele também forçou um riso como se Gabriela tivesse contado uma piada como a que se segue:
“Dois patos cantando num rio, um casal de patos, a pata e um pato, o pato perguntou para a pata se queria pegar um cineminha, a pata educadamente respondeu: “Mas patos não podem frequentar cinema”, e o pato respondeu: “Surpresa, na verdade eu sou um humano que se disfarçou de pato para poder lhe caçar e meu objetivo deu certo visto que eu capturei você! Agora vou para o cinema sozinho. ”
Exatamente o que o leitor está pensado, isso não faz nenhum sentido, logo, não faz sentido o rapaz rir de algo que não deveria rir. Se o leitor não entendeu a metáfora eu só lamento.  Continuando:
Ele negou que fosse daltônico e ficaram numa conversa penosa e chata durante alguns momentos como quando seu amigo lhe apresenta um outro amigo que você não conhecia e lhe deixa sozinho com ele por alguns instantes e a conversa alterna entre você tentando se comunicar com um ser estranho e momentos de silêncios constrangedores, entende? Assim discorreu a conversa até o rapaz ter coragem de dizer o que estava tomando fôlego para dizer:
- Então Gabriela, a moça dos olhos verdes, eu estive pensando se você teria algo mais importante para fazer depois do trabalho.
- Ah, tenho sim, meu noivo e eu vamos tirar as fotos de noivado antes do casamento na praia, eu acho cafona, mas é uma tradição da família dele. Por quê a pergunta?
Espero que você tenha entendido o que aconteceu caro leitor, na verdade, o rapaz solitário que é protagonista desta história estava paquerando Gabriela e a seguir iria convidar a bela moça para ir ao cinema. Esqueceu apenas de lembrar que ela era quase casada com um empresário bonitão de um metro e oitenta de olhos azuis e que cheirava a perfume caro francês, além de ter um carro porshe 911 turbo s ou um modelo parecido. Não que Gabriela fosse interesseira ela era realmente apaixonada por seu noivo, mas a recíproca não era verdadeira, o empresário queria apenas casar com a linda dama para estreitar as relações comerciais com o pai da noiva, mal sabia que no futuro o empresário bonitão se revelaria um frio psicopata movido a dinheiro e largaria a linda e ainda apaixonada Gabriela. Mas isso é uma outra história, essa estória é sobre um cara que se vestia de elefante. Continuando:
- Por nada é que eu poderia ajudar com esses documentos excedentes. – Responde o rapaz desviando o diálogo da sua intenção inicial de convidá-la para o cinema.
- Você faria isso mesmo? – Responde Gabriela mais surpresa ainda.
- Claro, afinal casamento é uma parte muito importante da vida.
- Eu agradeço, mas acho que o chefe não ia concordar com isso. Me pergunto se ele algum dia teve coração. – Fala olhando em direção a longínqua e sombria sala do chefe.   

Continua...







sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Trauma de Calango

Reza a lenda que há muito tempo
Num nordeste do passado
Existia um caba arretado
Que tinha medo do escuro.

Seu nome era Joaquim
Filho de Cássia e de Toin
Que vivia sonhando alto
Mas era do tipo “medrozim”.

Numa madrugada Joaquim tava dormindo
No céu surgiu uma bola de fogo
E o clarão acordou o menino
Que correu desesperado naquele sufoco.

Caíra no sertão uma nave descolorida
Revestida de metal e com muita tecnologia
Quando caiu no chão já estava toda encardida
Joaquim se aproximou, não sabia o que acontecia.

“Vixe Maria! ” Deu um grito bem alto
Estava de pés descalços
Com os dedos esgulepados
Rezou a Virgem Maria:

“Minha santa mãezinha,
Não queime meu sertão,
Eu sei que tô faltando missa,
Mas falo de coração,
Mande o diacho dessa nave embora,
E que nunca mais possa voltar,
Eu prometo minha mãezinha,
Que o terço vou rezar,
Vou ser um bom menino
E a minha mãe da terra
Não vou mais aperrear. ”

Enquanto rezava distraído
Se aproximava o E.T
Com cara de calango
E rabo de onça
Dente de elefante
E uma grande pança.

Joaquim viu a criatura e gritou desesperado
“Ai meu Jesus alguém me acuda os Et vão me levar raptado! ”
E meteu o pé na carreira, ele estava desesperado!
Os pés já batiam na bunda e o coração acelerado.

Foram mais de dois dias de perseguição
O ET atrás de Joaquim e o coitado com o coração na mão
Joaquim estava cansando e o Calangão vinha vuado
Até que Joaquim teve uma câimbra e acordou todo suado.

A peste nunca tinha saído da cama
Tava tendo um pesadelo
De verdadeiro dessa história só o calango
Que olhava pra Joaquim da cômbida um tanto cabreiro.

Quando acordou Joaquim lembrou de sua promessa
De respeitar sua mãe, rezar o terço e ser um bom menino
Aquele dia era domingo, dia de catecismo, ô sorte danada!
Foi na capela e pediu pro catequista pra falar com o Padre pra contar seu sonho
O Padre não se aguentou e caiu na gargalhada.

A moral da história é a seguinte:
Não falte missa, nem deixe de rezar o terço, nem seja malcriado
Caso contrário quando tiver com um sono pesado
O Calangão pode vir puxar suas zureia e lhe aperrear um bocado.

E ainda reza outra lenda dizendo que Joaquim virou até escritor
Saiu pelo mundo escrevendo histórias
Uma mais maluca que a outra
Mas levou consigo o trauma de calango
E sempre que via um não esquecia de rezar umas 10...

AVE MARIAS!