Numa
vila escura e pálida, as árvores balançam no sentido do vento, a lua era
coberta pelas nuvens e a distância, sussurros ao longo da estrada.
Uma
mulher loira morava numa casa solitária e esquecida no meio do nada. Tinha um
rosto profundamente triste. Parecia jovem, mas as rugas lhe saltavam dos olhos.
Numa
noite chuvosa bate-lhe a porta um homem de terno preto e de olhos castanhos,
cuja aparência era cansada. Ouvem-se os passos na varanda de madeira da mulher.
Ouvem-se batidas em sua porta. TOK, TOK, TOK!
-
Alguém em casa? – Diz o homem.
-
Sim, há alguém. Deixei a porta aberta e estava a sua espera. – Responde a
mulher.
Surpreso
o homem entra no recinto e enxerga a velha casa, silenciosa, cheia de móveis
antigos e empoeirada. Pergunta onde está a mulher; não se ouve nada. O homem
está tenso e procura pela mulher na casa. Vai à cozinha e nada encontra, no
banheiro, no quarto, se desespera, grita pela mulher.
Algum
tempo depois escuta barulhos no porão. Relutante entra. Abre a porta devagar.
Tudo escuro, enxerga vultos na densidão. Liga a luz, nada vê. Assustado sai da
casa e retoma seu caminho em um carro. Já saindo escuta uma voz bizarra
sussurrando em seu ouvido:
-
Se eu fosse você, não olharia para trás.